Concordância Verbal II

por Ariadne Mégara

Seguindo o nosso estudo sobre concordância verbal, estudaremos, a partir de agora, os mais importantes casos especiais de concordância verbal. 
É preciso, galerinha, ficar atento por que o assunto exige um pouco mais de atenção do estudante. Vamos começar...

1.      Núcleos de sujeito unidos por OU.

No caso de o sujeito composto possuir núcleos unidos pela conjunção ou, o verbo concordará com o núcleo mais próximo, se essa conjunção indicar retificação ou exclusão:

Exemplo:

Paulo ou Antônio será o presidente.

O ladrão ou os ladrões não deixaram nenhum vestígio.

Agora, se a ideia expressa no verbo puder se referir a qualquer dos núcleos, indiferentemente, o verbo irá para o plural:

            Exemplo:

Uma maçã ou uma pêra me satisfariam neste momento

2.      Núcleos do sujeito unidos pela preposição COM

Quando o sujeito composto tem núcleos unidos pela conjunção com, o verbo pode ficar no singular, por atração com o núcleo singular, que queremos enfatizar:

Exemplo:

Leonardo, com seus colegas, pichou a parede da sala.

3.      Núcleos do sujeito unidos por NEM.

Quando o sujeito é formado por núcleos no singular unidos pela conjunção nem, usa-se, comumente, o verbo no plural.

Exemplo: Nem eu nem ele o convidamos.

Mas, prefere-se a concordância no singular, quando:

A.    O verbo precede o sujeito.

Exemplo:

Não o convidei eu nem minha esposa.

B.     Há exclusão, isto é, quando o fato só pode ser atribuído a um dos elementos do sujeito.

Exemplo:

Nem Paulo nem João será eleito governador do Acre. (Só um candidato pode ser eleito governador). 

4.      Núcleos do sujeito correlacionados.

O verbo vai para o plural quando um os elementos do sujeito composto estão ligados por uma das expressões correlativas não só... mas também, não só como também, tanto... como, etc.

Exemplo:

“Não só a nação mas também o príncipe estariam pobres.” (Alexandre Herculano)

5.      Sujeitos resumidos por TUDO, NADA, NINGUÉM.

Quando o sujeito vem resumido por um dos pronomes tudo, nada, ninguém, etc., o verbo concorda, no singular, com o pronome resumidor.

Exemplo:

“O entusiasmo, alguns goles de vinho, o gênio imperioso, estouvado, tudo isso me levou a fazer uma única coisa.” (Machado de Assis)

6.      Núcleos do sujeito designado a mesma pessoa ou coisa.

O verbo concorda no singular quando os núcleos do sujeito designam a mesma pessoa ou o mesmo ser. 

Exemplo:

Advogado e membro da instituição afirma que ela é corrupta. 

7.      Núcleos do sujeito são infinitos.

O verbo concordará no plural se os infinitos forem determinados pelo artigo ou exprimirem ideias opostas; caso contrário tanto é lícito usar o verbo no singular quanto no plural.

Exemplos:

O comer e o beber são necessários.

Rir e chorar fazem parte da vida.

Cantar, dançar e representar faz (ou fazem) a alegria do artista. 

Ficou com alguma dúvida?

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Abraços e até a próxima.