quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Figuras de Construção





por Ariadne Mégara




Para darmos continuidade ao nosso estudo a cerca das Figuras de Linguagem, hoje focaremos nas chamadas Figuras de Construção ou de Sintaxe que ocorrem quando desejamos atribuir maior expressividade ao significado. Assim, a lógica da frase é substituída pela maior expressividade que se pode dá ao sentido. São subdivididas em: Elipse, Zeugma, Pleonasmo, Polissíndeto, Inversão, Anacoluto, Onomatopeia e Repetição.  Vamos Começar? 

A Elipse é caracterizada pela omissão de um termo ou oração que facilmente podemos subentender no contexto. É uma espécie de economia de palavra. Vejamos um exemplo:
Rondó dos cavalinhos
[...]
Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
O Brasil politicando,

Nossa! A poesia morrendo...

O sol tão claro lá fora,

O sol tão claro, Esmeralda,

E em minhalma — anoitecendo!

(Manuel Bandeira)
                   Nota-se que em todos os versos há a omissão do verbo “estar”, sendo este facilmente identificado pelo contexto.



Já a Zeugma é um tipo de elipse, ocorre quando é feita a omissão de um termo já mencionado anteriormente.
Exemplo: Maria gosta de Matemática, eu de Português.
(Observa-se a omissão do vergo “gostar”)


Pleonasmo, como já sabemos, é o emprego das palavras redundantes, com o fim de reforçar ou enfatizar a expressão. 
Exemplo: Vivemos uma vida tranquila.
O termo em destaque reforça uma ideia antes ressaltada, uma vez que viver já diz respeito à vida.

Denomina-se Polissíndeto a repetição intencional de um conectivo, geralmente representado pela conjunção coordenada “e”.
Exemplo: “Trabalha e teima, e lima, e sofre, e sua!” (Olavo Bilac)


A Inversão, também conhecida como Hipérbato, consiste em alterar a ordem normal dos termos ou orações com o fim de lhes dar destaque.
Exemplo: Dos meus problemas cuido eu!

(Na ordem direta seria: Eu cuido dos meus problemas.)


O Anacoluto é a quebra ou interrupção do fio da frase, ficando termos sintaticamente desligados do resto do período, sem função. Em outras palavras, é interrupção da sequência lógica do pensamento.
Exemplo: Esses alunos da escola, não se pode duvidar deles.
            A expressão "esses alunos da escola" deveria exercer a função de sujeito. No entanto, há uma interrupção da frase e essa expressão fica à parte, não exercendo nenhuma função sintática.

A Onomatopeia consiste no aproveitamento de palavras cuja pronúncia imita o som ou a voz natural dos seres. Exemplo:
“Lá em casa tinha um cachorro, lá em casa tinha um cachorro, e o cachorro au au, o gato miau, e o capote: tô fraco,
E o peru glu glu, e o galo corococó, e a galinha có,
E o pintinho piu, e o pintinho piu, e o pintinho piu, e o pintinho piu”

Por fim, temos a Repetição que consiste em reiterar (repetir) palavras ou orações para enfatizar a afirmação ou sugerir insistência, progressão.
Exemplo: “O surdo pede que repitam, que repitam a última frase.” (Cecília Meireles)








Bom, meus queridos, terminamos por aqui, próxima semana trabalharemos com a última parte das figuras de linguagem: as figuras de pensamento.

Abraços a Todos. Até a próxima! 

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Entra em contato com a gente: palavrafemininaar@hotmail.com

Abraços e até a próxima.

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