terça-feira, 14 de agosto de 2012

Autores Realistas



por Anailde Ribeiro
  e Ramona Rocha





Continuando o estudo sobre o Realismo, vamos conhecer alguns autores e suas obras que se destacaram nesse Movimento Literário:

  •  Machado de Assis:

Sem duvida, o maior autor realista brasileiro, o qual já tratamos no post anterior e por isso vamos nos ater a Quincas Borba, visto já termos abordado Memórias Póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro.

        Quincas Borba, narra a vida de Pedro Rubião após tornar-se herdeiro universal do filósofo que nomeia a obra, com a condição de cuidar de seu cachorro, homônimo do falecido.

        Essa obra é interessante, pois haver uma intertextualidade com Memórias Póstumas de Brás Cubas, visto Quincas Borba ter morrido na casa do amigo Brás Cubas e os dois aparecerem em ambos os livros.

        Ao receber a herança, Rubião parte para o Ri de Janeiro e na viagem conhece Sofia e Palha, casal que se torna amigo de Rubião, embora este tenha se apaixonado pela dama e Palha preocupar-se mais com a fortuna do “amigo”.

        Ao longo da obra, Rubião apresenta indícios de loucura, sendo comparada a mesma que matou o filósofo, desta forma, louco e explorado, ele volta para sua cidade e morre na miséria, junto ao cachorro.

        Quincas Borba apresenta a teoria do humanistismo, cuja tese foi criada pelo filósofo, e prega que a vida é uma batalha, onde apenas os mais fortes sobrevivem, tendo o livro exemplificado-a com a vida de Rubião, que sendo manipulado pelos mais fortes – Palha e Sofia – termina morrendo. Essa teoria é representada por uma frase que rodeia todo o livro: “Ao vencedor, as batatas”, retirada de uma historia sobre uma tribo que vence outra, na luta pelas batatas.

  • Raul Pompéia:

Autor marcado pela obra O Ateneu, tem como momento marcante de sua vida uma eterna briga com Olavo Bilac, o qual o acusou de homossexual, e culminou com o suicídio de Pompéia, na noite de Natal.

O Ateneu é narrado Sérgio, já adulto, que conta sua estadia no internato que nomeia a obra, de maneira que o microcosmo da escola serve como metáfora para a sociedade em geral, refletindo seus aspectos e hipocrisias, o que pode ser representado pela advertência do pai de Sérgio: "Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu Coragem para a luta".

O colégio era comandado pelo diretor Aristarco, e se no primeiro momento de apresentação é visto como um pai para os alunos, no decorrer da trama revela-se um rei vaidoso, que chega a ter ciúmes de sua representação no busto.

 A obra narra os casos de amizades, a tensão homossexual entre os alunos, a falsidade, a deformação de caráter de uns e representação da figura materna através de D. Ema, mulher do diretor.

Conhecendo a biografia de Raul Pompéia, cuja infância estudou em internato, muitos consideram o livro autobiográfico, e acreditam que o fato do colégio ter sido incendiado, por um de seus alunos, seja uma vingança do autor com seu passado. O Ateneu

Além de Realista, O Ateneu apresenta características impressionistas e expressionistas, a primeira por retratar a partir da perspectiva particular do narrador, isto é, as impressões de Sérgio, e expressionista por os episódios e personagens serem apresentados em formato caricatural, visto o narrador já adulto não contar exatamente como ocorreu algo na sua infância, mas, da forma que ficou na memória, realçando aspectos e características mais marcantes.


E por hoje é só pessoal!

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Abraços e até a próxima.


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