Continuando
o estudo sobre o Realismo, vamos conhecer alguns autores e suas obras que se
destacaram nesse Movimento Literário:
- Machado de Assis:
Sem duvida, o maior autor realista brasileiro, o qual já tratamos no
post anterior e por isso vamos nos ater a Quincas
Borba, visto já termos abordado Memórias
Póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro.
Quincas
Borba, narra a vida de Pedro Rubião após tornar-se herdeiro universal do filósofo
que nomeia a obra, com a condição de cuidar de seu cachorro, homônimo do falecido.
Essa obra é interessante, pois haver uma
intertextualidade com Memórias Póstumas
de Brás Cubas, visto Quincas Borba ter morrido na casa do amigo Brás Cubas
e os dois aparecerem em ambos os livros.
Ao receber a herança, Rubião parte para
o Ri de Janeiro e na viagem conhece Sofia e Palha, casal que se torna amigo de Rubião,
embora este tenha se apaixonado pela dama e Palha preocupar-se mais com a
fortuna do “amigo”.
Ao longo da obra, Rubião apresenta indícios
de loucura, sendo comparada a mesma que matou o filósofo, desta forma, louco e
explorado, ele volta para sua cidade e morre na miséria, junto ao cachorro.
Quincas
Borba apresenta a teoria do humanistismo, cuja tese foi criada pelo filósofo,
e prega que a vida é uma batalha, onde apenas os mais fortes sobrevivem, tendo
o livro exemplificado-a com a vida de Rubião, que sendo manipulado pelos mais
fortes – Palha e Sofia – termina morrendo. Essa teoria é representada por uma
frase que rodeia todo o livro: “Ao vencedor, as batatas”, retirada de uma historia sobre uma tribo
que vence outra, na luta pelas batatas.
- Raul Pompéia:
Autor marcado pela obra O Ateneu, tem como momento marcante de sua vida uma eterna briga
com Olavo Bilac, o qual o acusou de homossexual, e culminou com o suicídio de Pompéia,
na noite de Natal.
O Ateneu é
narrado Sérgio, já adulto, que conta sua estadia no internato
que nomeia a obra, de maneira que o microcosmo da escola serve como metáfora para
a sociedade em geral, refletindo seus aspectos e hipocrisias, o que pode ser
representado pela advertência do pai de Sérgio: "Vais encontrar o mundo,
disse-me meu pai, à porta do Ateneu Coragem para a luta".
O colégio era comandado pelo diretor Aristarco, e se no
primeiro momento de apresentação é visto como um pai para os alunos, no
decorrer da trama revela-se um rei vaidoso, que chega a ter ciúmes de sua representação
no busto.
A obra narra os
casos de amizades, a tensão homossexual entre os alunos, a falsidade, a deformação
de caráter de uns e representação da figura materna através de D. Ema, mulher
do diretor.
Conhecendo a biografia de Raul Pompéia, cuja infância estudou
em internato, muitos consideram o livro autobiográfico, e acreditam que o fato
do colégio ter sido incendiado, por um de seus alunos, seja uma vingança do
autor com seu passado. O Ateneu
Além de Realista, O Ateneu apresenta características impressionistas e expressionistas,
a primeira por retratar a partir da perspectiva particular do narrador, isto é,
as impressões de Sérgio, e expressionista por os episódios e personagens serem
apresentados em formato caricatural, visto o narrador já adulto não contar
exatamente como ocorreu algo na sua infância, mas, da forma que ficou na memória,
realçando aspectos e características mais marcantes.
E por hoje é só
pessoal!
Ficou com alguma dúvida?
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Abraços e até a próxima.



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